domingo, 25 de novembro de 2012

Porque eu escrevo?

Taí uma pergunta que eu sempre me faço.

Acredito que da mesma forma que alguém já nasce cantando, desenhando, dançando... Alguém já nasce escrevendo também. Pelo menos foi assim comigo, não me lembro de uma hora pra outra ter começado a escrever a gostado da função. Eu SEMPRE escrevi, pra mim não é uma questão de gostar ou não. É necessário! Preciso estar frequentemente praticando essa atividade assim como preciso respirar, comer... sei lá, não é exagero.      

Preciso escrever porque não consigo organizar minhas idéias e sentimentos somente falando. Aliás, sou bem descontrolada em relação a isso. Ou falo pouco, ou falo demais, ou simplesmente não falo e me deixo passar mal entendida. Com a palavra escrita não, ela flui, sai lá do fundo como uma enxurrada, o caminho é fácil e transparente. Na maioria das vezes, certeiro. Eu não escrevo o que eu não quero.


Não sou uma poeta, nunca escrevi um poema na vida, não componho canções belíssimas, sonho em escrever um livro mas também não consigo inventar histórias de ficção. Escrevo sobre o que eu sei e sobre o que eu gosto. Falo de mim porque não tenho propriedade pra falar de outra coisa. Escrevo sobre os meus sentimentos porque os conheço bem e se este não é o caso, escrevo pra tentar clareá-los.

Tenho um tic nervoso que é escrever no ar. Posso estar almoçando, em pé na fila do caixa, vendo tv, lendo, andando de carro e tô lá com o dedinho nervoso em ação. Tento me policiar, ninguém nunca percebeu mas me pego no flagra inúmeras vezes durante o dia. Como eu disse, eu preciso fazer isso.


Tenho arquivos gigantes de coisas aleatórias escritas. Uma juventude inteira registrada em palavras e nas palavras de uma adolescente que não conseguia falar e muitas vezes até perdia a voz. Tudo muito secreto e confuso, mil angústias. Coisas de adolescente mesmo.
Nunca consegui me aderir as redes de relacionamento porque ali pouco se escreve, ali se mostra. E não sei se as pessoas são realmente verdadeiras ou se mostram uma vida que elas gostariam de ter ao invés da vida que têm. Tentei uma vez, mas durou pouco. Eu não fui eu.

Aqui é diferente. Tenho um espaço gigante todinho pra mim e feito por mim. Aqui posso escrever o que me der na telha, posso desabafar, posso dividir, posso falar de trabalho e futilidades na mesma proporção. A maturidade me mostrou que que não preciso agir em segredo, não preciso esconder os meus sentimentos com medo de ser ridicularizada. Assumir um espaço pra escrever, falar da própria vida, divagar sem grandes obrigações é muito bom. Poder dividir tudo isso é melhor ainda!

Por isso acredito que a pessoa que vos escreve manterá esse blog por muitos anos. Já falei anteriormente que ele ia ser reestruturado e tal, o que de fato nunca aconteceu. Mas agora é sério, quase 2 anos depois vamos ter novidades, de verdade. Não deixem de passar por aqui! Vocês vão gostar!!!


Muitos beijos!

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