quarta-feira, 18 de abril de 2012

The best of all.

Esse negócio de se ter um diário aberto tá melhor do que imaginava, como eu me divirto lendo eu mesma e como eu me divirto em imaginar como os meus filhos vão me achar uma mãe mucho loca lendo todos os meu relatos! Vai ser muito massa!
Bom também é que uma coisa vai puxando a outra e a gente pega um gancho aqui e outro ali e sempre lembra de uma coisa acolá.
Quando voltei das férias do FFo, comentei que mantive um blog secreto por alguns anos mas que nunca havia sido divulgado nem tampouco lido por outra pessoa, lembram? E outro dia quando falava das lindas calças jeans, mencionei o fato de ter tido algumas peças que ficavam na turma dos indesejados do armário, lembram?
Pois é gurias, juntando lé com cré me lembrei de alguma coisa parecida com isso que eu tinha escrito lá nesse tal blog. Vasculhei a memória atrás da senha e saí em busca desse texto. Muita emoção.

Ele foi escrito, DOMINGO, 21 DE OUTUBRO DE 2007. O título era THE BEST OF ALL e dizia exatamente assim:



Estava eu outro dia lendo mais uma revista quando uma materia sobre uma escritora me chamou a atencao. O titulo da materia ja era interessante: Porque o dinheiro pode trazer felicidade. Dentre outras coisas que eu poderia citar aqui uma em especial foi a que eu mais gostei, obvio porque eu me vi diretamente naquilo. A reporter perguntou pra escritora, qual o conselho ou qual o ensinamento que ela levaria pra vida toda. Ela disse que era um conselho dado por sua avo e que ela jamais esqueceu: "Nunca economize suas melhores roupas, vc nao sabe o dia de amanha". Disse tudo a velha!!!!
Mas........... dai eu fiquei pensando: Claro que ela estava dizendo pra viver cada dia como se fosse o ultimo e essas coisas mais de aproveitar a vida e tal!


Entao naquele momento minha ansiedade saltou uns 10 porcento na sua escala de evolucao. Eu, simplesmente tenho o maior prazer de abrir o meu guarda-roupas e ver que eu tenho, no minimo, umas 4 pecas de roupas sem usar, o que me obriga a passar a semana revezando entre as mesmas. Nao que eu nao tenha roupa suficiente, claro que eu tenho. O problema e que a divisao do meu closet e a seguinte: Um terco das minhas roupas eu comprei por impulso numa tarde depressiva de compras, ou seja, nao tem nada a ver comigo e eu nao vou usar nunca. outro terco sao as adoraveis mesmas roupas diarias que me quebram o maior galho. Outro terco sao aquelas que meu coracao palpitou quando eu as comprei, que eu me encanto em experimentar diversas vezes na frente do espelho mas que eu nao vou usar jamais! Vou estar sempre esperando aquele momento especial, mas ele nao vai chegar e a roupa vai sair de moda. Simples assim.

Entao eu nao estou aproveitando a minha vida como eu deveria, os dias estao passando e eu estou com as mesmas roupas. nao que nao compre novas, pelo contrario, toda semana chega um menbro novo pra turminha das intocaveis ou das indesejaveis.

E quando eu digo que eu nao estou aproveitando a minha vida como deveria eu nao estou dizendo sobre sair pra balada, dancar a noite inteira, beber ate o estomago virar do avesso. Nao e nada disso, dessa forma eu ja aproveitei bastante e as lembrancas que o alcool nao corroeu sao lindas!!! Eu digo que eu nao estou produzindo como deveria e poderia, tanto financeiramente como intelectualmente. E eu ja estou com 27. Nao plantei uma arvore, o meu livro nao ata nem desata e a maternidade ainda me assusta. Mais uma vez eu clamo: Jesus eu nao consigo enxergar so com um abajur!!!!!



Não se assustem meninas, eu estou bem!

Como puderam perceber, o texto está sem nenhum acento porque eu estava hibernada na pequena e pacata cidade de Sandy, nos confins da Inglaterra.

Achei pertinente mostrar ele aqui (depois de doses cavalares de coragem) porque é interessante ver como o tema é atual na minha vida e como as coisas mudaram de lá pra cá.

Tem 5 anos que tudo isso foi escrito, a minha relação com as roupas e com o mundo mudou, afinal eu estou mais madura e tenho outros pensamentos em relação a vida e ao "me vestir". Muito por conta do meu trabalho mas muito por conta de mim mesma. Quero me sentir bem, segura, confortável, sei o que me veste bem, sei o valor (literalmente) de uma peça de roupa e quero que o meu estado de espírito transpareça.

 Sentiu bem? Vai embora!!

E se antes um monte de coisa me assustava e me deixava angustiada, hoje não mais. Tenho muita certeza das minhas atividades, as dificuldades não me assustam tanto como há 5 anos atrás e eu sou feliz porque eu tô exatamente aonde eu queria estar e vestindo exatamente o que eu queria vestir!

(Valeu Juliana Ali que, sem me conhecer, mas pelo liiindo UM EXAGERO DE VIDA E DE AMOR me deu coragem de me mostrar mais intimamente aqui. 5 milhões de beijos pra você!)

Um comentário:

  1. Muito orgulho de você, querida. Amei seu texto, amei seus pensamentos, amei sua capacidade de se expor. Beijo grande com muito carinho, da Ju

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