domingo, 6 de janeiro de 2013

Hipster is the new black.

Antigamente me lembro que gostar de coisas que não eram populares era ser alternativo, saias longas, tererês no cabelo, sandalinha rasteira era hippie, frequentar clubes obscuros da cidade era pros clubers, se jogar nos dourados, bolsas de marca e saltos altíssimos era a forma de expressão das patricinhas e o seu equivalente masculino engomadinho e combinandinho eram os mauricinhos.

Hoje tudo isso acima se resume em se enquadrar em três categorias: Hipster, Coxinha ou Tilelê. Na verdade, é tudo isso é apenas uma questão de nomenclatura e uma tentativa de fazer parte de um grupo e sobretudo criticar o outro.

Eu já transitei em vários deles, principalmente na adolescência. Em Campo Belo não tinha essa, a história lá era não ter opção. A gente comprava o que tinha pra vender e frequentava os lugares que tinha na cidade, dentro dessas (poucas) possibilidades a gente fazia milagre. Logo que mudei pra BH, fiquei louca alucinada com o mar de opções que estava bem diante dos meus olhos. Aqui eu ia poder ser o que eu quisesse e logo que entrei pra faculdade de Comunicação o bicho pegou! Aí eu não tava nem aí mesmo!!! Sempre gostei de mandar fazer minhas próprias roupas, amo um DIY, como acabei de dizer e estar no meio daquele bando de malucos só facilitou pra mim. Qualquer combinação era aceita, ninguém te julgava e fui formando meu estilo, o que gostava de verdade, naquela época.



Uma pausa pra passar 3 anos em Londres e se em BH eu já achava o máximo, imagina em Londres minha amiga? Surtei total!!! Ficava encantada vendo as pessoas nas ruas, como elas realmente se expressavam através das roupas e ninguém nem sequer olhava. Mais um momento de olhar pra mim mesma e ver o que de fato, fazia meu coração bater mais forte. Tive momentos very crazy na hora de me vestir (tipo cheguei a assustar sério meu irmão no aeroporto), sempre usei vestidos com calça, sempre gostei de acessórios no cabelo e me descobri mais ainda no universo vintage. Quer me ver feliz, me joga dentro de um brechó cheio de peças da vovó!!


Depois essa paixão desmedida pelo mundo da moda. Vão esperar o que de mim?? Mas digo moda no sentido de descobrir, descombinar, criar, tentar e errar, originalizar. Não vejo o menor sentido nessa moda mainstream (ái tão hipster falar assim!!). Me conta que graça tem reproduzir em série o look da Zara?? E não tô criticando a marca, também gosto, mas please, bota a cachola pra funcionar, vasculha o seu eu interior (kkk!) atrás de alguma dica que possa te fazer ser única no meio de tanta coisa igual!!! Algumas outras marcas que a galera também ama tem uma pegada muito legal. Abre o site da Urban Outfitters, Asos e até a idolatrada H&M, já que é chic comprar nesses lugares, vai com o intuito de garimpar!
(Eu amo garimpar na Riachuelo, no centro da cidade...)




Diria que hoje, no auge dos meus 33, estou em identificação total com a cultura hipster. E vendo fotos antigas minha, vasculhando meu guarda roupas, vejo que isso não é de hoje somente, só que antes eu não sabia o que era, talvez alternativo, mas hoje resolveram nomear esse tipo de gente que sai que nem louco atrás de novidades e faz a maior questão de se expressar com originalidade. Gosto disso!  




Agora uma outra pausa pra olhar essas fotos com olhos de amor. Não me canso, são fontes inesgotáveis de inspiração pra mim. Queria que fosse eu em todas elas, acho tudo tão legal e tão fresco que queria estar ali dentro. Mas uma, óbvia, sou eu mesma, descabelada e tem mais outras duas que sou eu também, a com a blusa listradinha de gola e a de converse branco. Fotos que eu amo e que me sinto muito eu!!


Ah! A caipirinha fui eu que tirei e bebi também!!!! E pra quem gostou e/ou gosta tanto quanto eu, todas as outras foram tiradas do Instagrram @hipsterfashion. Vai lá ver, tem muito mais!

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