segunda-feira, 14 de maio de 2012

Filha da mãe

Este post era pra ter sido feito ontem e não foi justamente porque eu estava desfrutando o dia na terrinha na casa da mãe. Tudo o que um Dia das Mães tem direito: Café da manhã, almoço em família, missa....
Foi bem tranquilo, cabeça fresca, coração em paz...

E o que não foi feito ontem, pode ser feito hoje, a intenção é a mesma!



Minha mãe é essa lindeza que vocês estão vendo, mas não tão calma quanto a foto sugere. Ela é muuuito agitada, daquelas que já acorda ligada nos 320, anda de um lado pro outro, arruma mil coisas, vai na Legião de Maria, controla o prédio (sim, ela consegue ser síndica, e das boas!), faz licor de jabuticada, dobra sacolinha de plástico como ninguém, vai no ABC todo santo dia fazer uma comprinha, sabe a medida exata do sal da comida do meu irmão e vive desinbestadamente. Fala sem pensar, chora sem pensar... Uma loucura!

Ninguém nunca me falou isso, mas acho que sou muito parecida com ela. Não nessa agitação toda, mas creio que esse meu lado de empreender, executar, ir lá e fazer, recomeçar... veio dela. Por isso a gente discute, dá umas trombada de frente de vez em quando. Porque a semelhança gera conflito. Acredito um pouco nisso.

Mas daí que a gente vai amadurecendo (mãe e filha), a vida vai mostrando algumas coisas, ensinando outras e uma hora, tudo o que antes era um problema quase sem solução, vira uma questão bem pequena, que com um pouquinho de paciência e sabedoria pode muito bem ser resolvida!

Bom saber que tem alguém que ama a gente tanto que quase sufoca, que não topa dividir com ninguém, que quer atenção exclusiva, que se pudesse queria viver grudada e dormir junto, como se não houvesse amanhã. Minha mãe é dessas.

Minha mãe é aquela que acredita em tudo o que eu falo e fica doida, ela ainda não percebeu que eu sou uma sonhadora, uma roteirista cronista e uma grande inventadora de moda. Conto umas histórias mirabolantes e depois é um custo fazer ela acreditar que saiu tudo da minha cabeça. Pura invenção.

Há milênios atrás, disse a ela que não casaria nunca e se por ventura algum dia num futuro muito distante eu resolvesse, que eu vestiria uma calça jeans e uma bata da Feira Hippie, eu não sabia, mas ela passou anos chorando, tentando fingir que não se importava, que havia perdido o sonho de ver a filha entrando de noiva na igreja... Uma dó! Mas eu fui uma adolescente semi rebelde com a imaginação muito fértil que não media as palavras.

Mas daí que a gente vai amadurecendo e hoje sou capaz de afirmar com toda certeza:  
Mãe, eu vou casar de branco, na igreja, diante do Padre. E te digo mais, vestida como uma princesa e lá do altar vou te dar uma piscadinha que só a Senhora vai entender!!!! Te amo!





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